::: L’Equip Petit :::

(…sem filtros…) Domingo é dia de futebol. Vez por outra é no sábado, mas nesse fim de semana foi domingo mesmo. Dormi tarde, acordei cedo. Humor lá embaixo. Óculos escuros, sciarpa na mão e uma caminhada até o estádio.

Não, não estou em Gênova – ainda.

Decidi que hoje era dia de futebol, na essência. Cru. Sem cortinas. Sem objetivos escusos. Sem filtros – apenas os do Instagram, se desse.

Em meus gritos: “Samuel” e “Daniel”, primos-sobrinhos que roubo dos pais nos fins de semana.

Se recuperando de uma tosse-de-cachorro, e com idade inferior, Daniel foi barrado pelo técnico. Ficou na arquibancada comigo.

Samuel, zagueiro, incorporou o espirito da camisa xeneize e segurou tudo lá atrás.

Vencemos, 8-0.

Poderíamos ter perdido também. O placar é o que menos importa nesse futebol de domingo ensolarado, barraquinha de churros, pais com filmadoras e vovós histéricas babando em seus netinhos projetos de gente.

Me lembrou muito o documentário “L’Equipe Petit”, de Roger Gómez e Dani Resines.

Aconselho, muito, o play:

E é em dias assim que olho o futebol e acho que essa coisa vale a pena. Um tanto de gente tenta f… com o esporte, mas ele é tão maior que FIFA, CBF, Lega Calcio, CalcioCaos, que é na peleja desses guris, com esses pais babões, esses treinadores que não ganham porra nenhuma pra investir seu tempo na molecada, que sinto que ele o futebol ainda vive e vai continuar lutando contra os moinhos de ventos todos. Meio Dom Quixote isso, mas acredito.

[…zagueiro e atacante digladiando em campo…]

O futebol da TV, o profissional, está podre em sua essência. Não é futebol.

Futebol é o que vi hoje.

Eu sabia que no mesmo horário a Sampdoria estava em campo pelo Campeonato Italiano. O que menos vejo em Gênova é futebol.

Não dei as costas pro time, que perdeu, de lavada, pra Fiorentina. Vez por outras é preciso voltar à essência e esses mergulhos no futebol genuíno serve de respiro, combustível, pra encarar uma Sampdoria tão insossa.

Talvez se o elenco da Sampdoria pensasse em futebol, só em futebol, na raíz, não seriam o que se tornaram: medíocres e vis.

Sampdoria 0
Fiorentina  3
Reti: p.t. 36′ Cuadrado, 42′ Ljajic; s.t. 28′ Aquilani.
Sampdoria (4-4-2): Romero; Mustafi, Gastaldello, Palombo, Berardi; De Silvestri, Obiang, Poli, Estigarribia (1′ s.t. Eder); Sansone, Maxi López (11′ s.t. Icardi).
A disposizione: Da Costa, Berni, Rodríguez, Renan, Maresca, Castellini, Munari, Poulsen, Soriano, Rossini.
Allenatore: Delio Rossi.
Fiorentina (4-3-3): Viviano; Tomovic, G. Rodríguez, Savic, Pasqual; Aquilani (31′ s.t. Sissoko), Pizarro, Borja Valero; Cuadrado (32′ s.t. Rômulo), Jovetic, Ljajic (35′ s.t. El Hamdaoui).
A disposizione: Lupatelli, Neto, Compper, Mati Fernández, Larrondo, Migliaccio, Wolski, Toni.
Allenatore: Vincenzo Montella.
Arbitro: Rizzoli di Bologna.
Assistenti: Dobosz di Roma 2 e La Rocca di Ercolano.
Quarto ufficiale: Stefani di Milano.
Giudici di porta: Peruzzo di Schio e Pairetto di Nichelino.
Note: espulso al 35′ s.t. Gastaldello per gioco scorretto; ammoniti al 32′ p.t. G. Rodríguez, al 40′ p.t. Palombo, all’8′ s.t. Aquilani per gioco scorretto, al 42′ s.t. Eder e Savic per comportamento non regolamentare; abbonati 20.012, paganti 3.220; recupero 1′ p.t. e 2′ s.t.; terreno di gioco in buone condizioni.